13/03/2024 às 21h14min - Atualizada em 13/03/2024 às 21h14min
São Luís: matador da drag queen Paula Ferraz pega 13 anos de xilindró; a vítima foi enterrada em uma cova rasa na região da Cohab
Genilson está preso desde 24 de agosto 2019 no estado de São Paulo e em breve deverá ser transferido para o Maranhão
Em julgamento realizado na tarde desta quarta-feira (13), no Fórum Desembargador Sarney Costa, o réu Genilson da Silva Reis foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão pelo homicídio qualificado de Pedro Antônio Oliveira dos Santos, conhecido como drag queen Paula Ferraz. Por outro lado, Ismael Torres Gonçalves foi absolvido da acusação de participação da ocultação de cadáver da vítima.
Os jurados reconheceram na sentença condenatória a autoria, a materialidade, o uso do recurso que dificultou a defesa da vítima e a ocultação de cadáver. Inicialmente, Genilson irá cumprir a sentença em regime fechado na Penitenciária de Pedrinhas. Genilson está preso desde 24 de agosto 2019 no estado de São Paulo e em breve deverá ser transferido para o Maranhão. Ele participou do julgamento por meio de vídeo conferência.
Antes do júri iniciar o julgamento do crime, o promotor Raimundo Benedito Barros Pinto mostrou-se confiante na condenação do dois envolvidos. Ele afirmou que Genilson matou Paula Ferraz com um tiro na cabeça e, em seguida, Ismael, com o auxílio de outro homem, ajudou o autor do disparo a enterrar o corpo da vítima.
“Genilson matou e depois com outras pessoas jogaram (Paula Ferraz) em uma cova rasa, isso lá pelos bairros da (região da) Cohab. A tese do Ministério Público é homicídio qualificado de motivo torpe. Não deram a menor chance, foi uma emboscada. Não deram a menor chance de defesa para a vítima, no momento que ela chegou e sentou, deram um tiro na cabeça com um menos de 1 metro de distância”.
O promotor afirmou que o crime foi tão grave que a própria organização criminosa que comandava o tráfico de drogas na época ordenou que os indivíduos telefonassem para a família de Paula Ferraz e revelassem onde o corpo havia sido enterrado.
“Eu espero que ele seja condenado (Genilson) até porque ele já confessou o crime durante o inquérito. Nós temos testemunhas oculares e nós temos um áudio dele confessando o crime. Até a própria facção da área ficou revoltada com o crime e fez com que ele ligasse para a família dizendo onde o corpo estava enterrado”.
A sessão do julgamento foi presidida pela juíza Ana Gabriela Costa Everton, que responde pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, atuou na acusação o promotor de Justiça Raimundo Benedito Barros Pinto.
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