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12/01/2024 às 17h24min - Atualizada em 12/01/2024 às 17h24min

Dino já propôs lei que barraria nomeação de Lewandowski como ministro por Lula

Atual ministro da Justiça propôs lei que estabelecia uma quarentena de três anos para magistrado assumir cargo em comissão

JOSE CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
O atual Ministro da Justiça, Flávio Dino, que comemorou a nomeação de Ricardo Lewandowski para substituí-lo, já propôs uma lei que barraria o magistrado de assumir o cargo pelo menos por enquanto. Em 2009, quando era deputado federal, propôs uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelecia uma quarentena de três anos antes de assumir “cargos em comissão ou mandatos eletivos”. As informações são da Gazeta do Povo. 
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A PEC foi apensada a outra de teor semelhante e ainda está em tramitação inicial na Câmara dos Deputados. A proposta ainda estabelece um mandato de 11 anos para ministros do STF, o que Dino já afirmou recentemente continuar sendo a favor – porém, sem atingi-lo. A legislação, se aprovada, valeria apenas para futuras indicações de presidentes.

Lewandowski teve a indicação para o cargo de Ministro da Justiça anunciada nesta quinta (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apenas nove meses após sua aposentadoria do STF. Ele foi indicado à Corte pelo petista em 2006. Já Dino será empossado no STF em fevereiro.

“Feliz em ser sucedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, um professor pelo qual tenho estima e admiração. [...] No dia 1º de fevereiro retorno ao Senado, onde permanecerei até o dia 21 de fevereiro. Neste dia renunciarei para assumir o STF no dia 22”, comemorou Dino sem citar a PEC que barraria a indicação de Lewandowski ao ministério.

A questão da movimentação de ex-integrantes do STF para o Executivo gera divergências entre especialistas, sendo a última ocorrência desse tipo há 17 anos, quando Nelson Jobim assumiu o Ministério da Defesa após aposentadoria. Outros casos, como os de Célio Borja e Francisco Rezek, ocorreram durante o governo Collor.

A raridade dessas transições contrasta com a frequência do movimento inverso, onde membros do Executivo são escolhidos para o STF. Na atual composição, ministros como André Mendonça, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes ocupavam cargos no governo federal antes de ingressarem na Corte.

Durante seus 17 anos no STF, Lewandowski tomou decisões favoráveis aos aliados de Lula em episódios como o mensalão e a Lava Jato.

Informações l Gazeta do Povo 

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