YouTube remove vídeo de Lucas Porto com ataques à Justiça do Maranhão

O YouTube removeu um vídeo de um canal (Lucas Porto Inocente) que faz campanha pela liberdade do empresário Lucas Leite Ribeiro Porto, condenado a 39 anos de prisão em regime fechado por matar a publicitária Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney.  Segundo a rede social, o conteúdo foi bloqueado por violar a política do YouTube sobre assédio e bullying. 

A plataforma informou que "não é permitido publicar no YouTube conteúdo que ameace pessoas. Também não permitimos conteúdo que persiga um indivíduo com insultos contínuos ou maliciosos com base em características intrínsecas. Por exemplo, incluindo o fato de pertencer a um grupo protegido ou os atributos físicos". 

No vídeo, Lucas Porto repetiu os argumentos usados pela defesa dele  na tentativa de inocentá-lo durante o julgamento. Alegou não ter responsabilidade sobre a morte de Mariana, chamou a investigação de bizarra e caótica e afirmou, ainda,  que continua preso por uma  "decisão de cunho político". 

O conteúdo foi publicado na última quarta-feira(12), tinha  duração de 39 minutos e, até o final da tarde desta quarta-feira(19),  somava mais de 17 mil visualizações.

Diante da repercussão do assunto, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) divulgou uma nota. Confira abaixo:

"No dia 19 de abril do corrente ano, recebemos via Secretaria de Estado de Comunicação Social, a solicitação do jornalista Marcondi Marques da Silva (responsável pelo canal de jornalismo independente no Youtube “Marcondi Marques Oficial”) de uma entrevista com o interno Lucas Leite Ribeiro Porto, custodiado no Sistema Prisional Maranhense.

Em resposta, sinalizamos que tal demanda deveria ser tratada junto ao Poder Judiciário (uma vez que o preso Lucas Leite Ribeiro Porto segue sob responsabilidade da Justiça) e que só seria permitido caso houvesse autorização judicial.

No dia 11 de maio de 2023, o Judiciácerto!rio deferiu a solicitação e autorizou a realização da entrevista. A Seap foi notificada e cumpriu estritamente a decisão judicial", diz o comunicado 


Veja, também, abaixo trechos da decisão judicial que liberou a gravação da entrevista dentro do sistema prisional do Maranhão: